20 Anos do Catecismo da Igreja Católica
A Igreja comemora os 20 anos do Catecismo da Igreja. Este momento vem ao encontro do “Ano da Fé”implantado por Bento XVI no dia 11 de outubro, pp. que pede retoma catequética. Torna-se oportuno aproveitar estas comemorações para recordar os fundamentos da nossa fé e dos valores que os sacramentos imprimem em nossa vida.
Sempre vamos em bancas de jornais, revistas e livrarias... lemos tudo aquilo que gostamos e nos interessa. Mas, não podemos nos quesquecer: precisamos voltar nosso olhar e interesse pelas coisas de Deus. Por isso, torna-se mais do que necessário, retomar a leitura da publicação do Catecismo da Igreja Católica, aprovado a partir da“Fidei Depositum”, (11 de outubro de 1992, do Beato João Paulo II) redigido após o Concílio Ecumênico Vaticano II.
Guardar o depósito da fé é a missão que Jesus Cristo deixou como legado à sua Igreja. Este legado acompanha todos os tempos. Nós, seguidores de Cristo, estamos inseridos neste mesmo tempo, e responsáveis na missão. Portanto, hoje, novamente, se faz necessário reconhecer seus ensinamentos e comunica-los aos que ainda Nele não creem. Nisto acontece o resplendor do anúncio do Evangelho.
Celebrar este aniversário é rememorar os valores da nossa vida cristã e a fidelidade a Cristo. Recordando nosso olhar para a vida do homem nós conseguimos reconhecer a Deus. Enquanto homens que nos identificamos com Ele, vivemos e transmitimos a fé; daí a importância da nossa catequese.
Obviamente o Catecismo é direcionado aos responsáveis pela catequese e, primeiramente aos bispos, como são reconhecidos, os pastores da Igreja. O Catecismo da Igreja é um instrumento para orientar todos os fiéis no caminho de Cristo, que também, leva automaticamente no caminho ao encontro com os irmãos [próximos ou distantes da fé].
Deve-se reconhecer que o Catecismo da Igreja é denso, refletindo em toda primeira parte a “Profissão de fé” do batizado. Há ali uma reciprocidade entre a Revelação de Deus para o homem e a resposta humana de fidelidade. Ali se dá também a articulação dos “três capítulos”: a fé na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
Já, em seguida se estuda como a ação de Deus se dá [para manifestar a Salvação] na realização das obras de Jesus Cristo e da ação do Espírito Santo, também hoje pronunciadas e manifestadas nas liturgias que são celebradas. Por isso, a liturgia é o pedestal da vivência dos Sacramentos da fé.
E são “bem-aventurados”os que se identificam numa ação livre e despojada, munidos pela fé e graça de Deus, em favor dos pobres e descrentes. Ali se manifesta a caridade que acontece a partir dos Mandamentos de Deus.
Porém, toda a ação do cristão, mesmo fundamentada na catequese se torna fraca se não for alimentada pela oração. Daí a importância da oração, sempre, na vida de fé. Assim, o Catecismo da Igreja Católica foi pensado para condensar a doutrina e os valores da fé católica. Em sua linguagem encontramos inúmeras referências bíblicas. Algumas não são citadas, mas o estudo e reflexão apresentados vêm ao encontro do que Jesus ensinou aos seus discípulos e às multidões que o seguiam presentes na Sagrada Escritura. Os Evangelhos registram o que Jesus falou e fez em favor dos que querem seguir e estar com Deus. Este estar com Deus se inicia no aqui e agora toda vez que vivemos plenamente os valores por Ele ensinados.
Mais uma vez, lembrando o que escrevi no artigo anterior: “Ano da Fé”, nos aproxima oportunamente a reler o Catecismo da Igreja Católica para sermos mais santos, fraternos e humanos. Deus abençoe a todos na recuperação do estudo do Catecismo da Igreja Católica!
Pe. Roberto Luiz Preczevski
Diocese de Sto. Amaro - São Paulo